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Ex-legista, produtora de 'CSI' admite: "sinto falta da adrenalina"

10 out 2012 - 13h31
(atualizado às 13h45)
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Luisa Migueres

Elizabeth Devine tem um histórico de 15 anos no Departamento de Criminalística de Los Angeles e usou toda a sua experiência em análise de cenas de crime para tornar-se uma das roteiristas e produtoras de CSI, série que estreou a sua 13ª temporada no canal Sony, neste mês. Em visita ao Brasil na última quinta-feira (4), Elizabeth conversou com o Terra sobre os desafios que ter mais de criar novos episódios interessantes para uma atração que está há mais de uma década no ar.

"Foi difícil. Quando voltamos a escrever em junho, aí descobrimos que não teríamos Laurence (Fishburne, intérprete do Dr. Ray Langston) e Marg (Helgenberger, que viveu Catherine Willows), então começamos a pensar em um novo protagonista. Uma das coisas que decidimos era que ele teria uma família que ele ama, uma casa... Nunca tivemos um personagem assim", explicou Elizabeth. Na pele do protagonista D.B. Russell está o ator Ted Danson, conhecido por suas performances cômicas, fama que a produção da série precisou considerar. "Fizemos questão de que Catherine tivesse uma relação com o personagem de Ted. Se ela o aceitasse, o público também aceitaria, porque a amam", ressaltou a roteirista.

Na nova temporada, Russell subsitui Catherine na chefia da divisão de homicídios. "Ele incorporou tão rápido seu personagem, que ficou mais fácil para darmos adeus aos outros. Nossa audiência é difícil, eles não querem ninguém novo. Eu li isso na internet um milhão de vezes: 'por quê vocês não promovem Nick?'. Mas ficamos muito satisfeitos com o rumo que as coisas tomaram depois de um ano de transições. Esse ano vocês vão perceber que as coisas estão mais coesas, e teremos coisas diferentes, novas e divertidas com a nova equipe.", garantiu a produtora, que se diz surpresa por CSI ter se tornado a série mais popular no mundo. "Quem poderia imaginar? Mas quando você pensa, faz sentido".

Presente desde o início da trama, Elizabeth sabe exatamente o segredo do sucesso: "nosso público é curioso e gosta de questionar. As pessoas gostam de mistérios e de ver como as coisas funcionam. E não dizemos apenas 'esse cabelo é daquele homem', nós 'entramos' na raíz do cabelo e mostramos o DNA. Sempre queremos que as pessoas aprendam algo em todos os episódios. Não precisa ser sobre ciência, mas algo diferente". Mas pensar em novos casos ao longo de 13 anos, pode ser uma missão e tanto. "Temos pessoas no nosso escritório que escrevem o que chamamos de 'Bíblia', que diz como solucionamos os casos, como foi o crime. Temos que olhar, porque esquecemos", admitiu Devine.

Afastada do Departamento de Criminalística desde os primeiros meses da série, Liz confessa que às vezes sente falta do verdadeiro CSI. "Eu sinto falta da adrenalina, de estar na cena de um crime e encontrar pistas que podem resolver o caso. É uma das coisas mais divertidas. Claro que é obscuro, você vê morte todos os dias, isso chega até você. Era difícil ter que olhar para aquilo e voltar pra casa para ver meus filhos pequenos. Era uma transição estranha", recordou Liz.

Liz Devine (na foto, ao lado de Marg Helgenberger) atua como produtora e roteirista da série
Liz Devine (na foto, ao lado de Marg Helgenberger) atua como produtora e roteirista da série
Foto: Divulgação
Fonte: Terra
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