PUBLICIDADE

Ator de 'Dona Xepa', Emilio Dantas divide-se entre novela e a música

3 jul 2013 - 16h55
(atualizado às 16h55)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>"O maior assédio que eu sofro é da minha avó e das senhoras que moram no prédio dela", diz Emilio Dias</p>
"O maior assédio que eu sofro é da minha avó e das senhoras que moram no prédio dela", diz Emilio Dias
Foto: Jorge Rodrigues Jorge/ Carta Z Notícias / TV Press

Com a fala corrida e os olhos brilhantes, Emilio Dantas é um típico jovem dos dias atuais. Aos 29 anos, o intérprete de Benito em Dona Xepa não consegue fazer uma coisa só ao mesmo tempo. A mania de emendar assuntos, histórias, projetos e planos é marcante. Sabendo disso, o ator optou por morar no Itanhangá, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro. "Aqui estou isolado, cercado de verde e sem tevê a cabo. Assim, consigo relaxar", admite, aos risos. E, com a corrida rotina de gravações, é preciso colocar o pé no freio para não sobrecarregar a cabeça e o corpo. "O ritmo é muito pesado. Mas eu não me incomodo, estou buscando isso há um tempo e seria desonesto da minha parte reclamar", afirma. "Quando chego muito acelerado ou até estressado, pego o violão e começo a tocar", confessa o ator, que também toca gaita e saxofone.

Circulando pelo núcleo principal, seu personagem, Benito, é amigo de Édison, de Arthur Aguiar, e apaixonado por Rosália, interpretada por Thais Fersoza, ambos filhos de Dona Xepa, vivida por Ângela Leal. "Ele não acredita no que falam da Rosália, não admite que ela seja responsável por todas as maldades que atribuem a ela", adianta. Para o ator, contracenar com Thais é um dos pontos altos de sua carreira. "Além de linda, ela é muito boa atriz", elogia. A trama de Gustavo Reiz é o terceiro trabalho de Emilio na emissora. Anteriormente, ele participou de Sansão e Dalila, em 2009, e de Máscaras, em 2012. Sua carreira também passa pelo teatro e pelo cinema. Nos longas Leo e Bia e Teus Olhos Meus e no musical Rock in Rio, o ator ocupou papéis de destaque. Apesar disso, garante que o grande público não costuma o associar aos personagens. "O maior assédio que eu sofro é da minha avó e das senhoras que moram no prédio dela", diverte-se.

Músico desde a adolescência, Emilio começou a carreira de ator por acaso. Em 2006, participou de um teste para fazer parte do coral de Aldeia dos Ventos, peça de Oswaldo Montenegro. "Depois de cantar, ele pediu que eu lesse um texto. Eu li, todo torto, engasgado, mas li", relembra, e diz que, embora não tenha gostado, essa leitura rendeu a ele o papel de protagonista da montagem. A partir daí, enxergou um novo caminho pela frente. "A diferença entre música e atuação é que uma dá dinheiro e a outra não. Eu queria viver de arte, mas tanto fazia se era cantando ou atuando", completa.

Nome: Emilio Dantas da Silveira Netto;

Nascimento: em 29 de novembro de 1982, no Rio de Janeiro;

Primeiro trabalho na tevê: em Sansão e Dalila, da Record, na pele de Aron;

Atuação inesquecível: o protagonista Gil, de Teus Olhos Meus, filme de Caio Sóh;

Interpretação memorável: "qualquer trabalho do ator argentino Ricardo Darin";

Momento marcante na carreira: "ganhar o prêmio de Melhor Ator no Los Angeles Brazilian Film Festival, pelo longa Teus Olhos Meus";

O que gosta de assistir: "vejo tudo da tevê aberta. Até porque não tenho tevê a cabo";

O que falta na televisão: "às vezes, falta um pouco de proatividade de buscar coisas novas. A tevê é muito baseada em formatos que dão certo";

O que sobra na televisão: "Leilão de tapete";

Ator: Paulo Autran;

Atriz: Fernanda Montenegro;

Cantor: Joe Cocker;

Cantora: Janis Joplin;

Música: "Bohemian Rhapsody, da banda inglesa Queen. É o hino da minha galera, sempre que nos encontramos gravamos um vídeo cantando essa música";

Humorista: Golias;

Se não fosse ator, o que seria: "acho continuaria sendo músico. Mas também gostaria de ser professor, de qualquer coisa";

Novela preferida: "Dona Xepa. Mas não é porque eu estou fazendo, é porque estava faltando uma novela mais real, mais pé no chão";

Vilão mais marcante: Carminha, de Avenida Brasil, interpretada por Adriana Esteves.

Personagem mais difícil de compor: Roger, do musical Rock in Rio;

Papel com mais retorno do público: Gil, do filme Teus Olhos Meus;

Melhor bordão da televisão: "e o salário, ó", do Professor Raimundo, interpretado por Chico Anysio;

Que papel gostaria de representar: "um vilão super clichê";

Com quem gostaria de fazer par romântico: "com qualquer atriz muito boa. Até com a Fernanda Montenegro, o que importa é trocar em cena";

Filme: Cinema Paradiso, de Giuseppe Tornatore;

Livro de cabeceira: Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos;

Autor: Fausto Wolff;

Diretor: Guy Ritchie;

Vexame: "uma coisa que já aconteceu várias vezes e é sempre um vexame enorme é invadir palco e ser expulso. Quando vou a shows e vejo alguém bom cantando, sempre quero subir no palco para cantar junto";

Um medo: "tenho pavor de boneca de porcelana! E também de extraterrestre. Minha avó sempre disse que veio de outro planeta e eu tenho medo disso desde criança";

Projeto: "o que não me falta é projeto. Nas gavetas, tenho várias peças e musicais escritos pela metade, também projetos de livros, músicas...".

Fonte: TV Press
Compartilhar
Publicidade
Publicidade