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'Guerra dos Sexos' chega ao final com menos exagero, mas ainda anacrônica

26 abr 2013 - 20h58
(atualizado às 20h58)
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Com todo o sucesso que Guerra dos Sexos fez em 1983, a expectativa em relação à versão de 2013 era grande. Ainda mais por ser de autoria, mais uma vez, de Silvio de Abreu e por contar com um elenco de peso, formado por nomes como Irene Ravache, Tony Ramos, Mariana Ximenes e Edson Celulari, entre outros.

<p>A novela foi protagonizada por Tony Ramos e Irene Ravache</p>
A novela foi protagonizada por Tony Ramos e Irene Ravache
Foto: Divulgação

Mas não demorou muito para ficar claro que a trama não cumpriu o que prometeu. Principalmente por trazer à tona uma discussão anacrônica como a disputa entre os gêneros, muito em voga nos anos 1980, quando a mulher lutava por um espaço maior na sociedade.

Assistir a uma história centrada na briga entre a equipe das mulheres e a equipe dos homens pelo comando da megaloja Charlô´s soou, no mínimo, bobo. E deixou claro que a febre de remakes que se estabeleceu na teledramaturgia não pega em todo mundo. Nem tudo que fez sucesso no passado vai, necessariamente, fazer sucesso nos dias atuais. Mas, ao menos em sua reta final, o folhetim das 19h conseguiu ganhar um novo gás.

Demorou quase a novela inteira para que Guerra dos Sexos entrasse nos eixos. Mas parece que, de fato, entrou. A trama, que exibiu o último capítulo nesta sexta-feira (26), ganhou fluidez e ação a partir do momento em que muitos personagens passaram a procurar a boneca russa que contém diamantes escondidos. Mas, a maior parte do tempo, ela foi ocupada por situações mais bizarras do que engraçadas. Como Kiko, personagem de Johnny Massaro, e sua cansativa mania de querer explodir tudo à sua frente.

Mas, com o passar dos capítulos, o besteirol exagerado foi dando lugar a uma comédia um pouco mais moderada. Assim, a novela ganhou um humor crível e cenas engraçadas. Muito também por conta de atuações seguras, como a de Marianna Armellini, que interpreta a convencida Frô, e Tony Ramos, como o protagonista Otávio e o português Dominguinhos.

Só que o recurso de colocar personagens olhando diretamente para a câmara, como se estivesse conversando com o público, acabou pecando pelo excesso. Praticamente em todo capítulo, ao menos um faz um comentário ou levanta um questionamento dessa maneira. O que contribui para uma quebra de raciocínio do telespectador.

Depois de uma cena tensa ou romântica, fica difícil acreditar no que acabou de acontecer na história quando um personagem para o que está fazendo para conversar, de certa forma, com quem está do outro lado da tela. É quase como se o próprio personagem soubesse que aquilo tudo não passa de ficção. Por mais que não passe mesmo. 

Fonte: TV Press
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