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Maurício Destri se despede de 'Sangue Bom' com vontade de fazer comédia

27 out 2013 - 20h16
(atualizado às 20h17)
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<p>Maurício Destri  falou sobre a carreira e papel em 'Sangue Bom'</p>
Maurício Destri falou sobre a carreira e papel em 'Sangue Bom'
Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias / TV Press

Cria do teatro e fã dos grandes dramas, Maurício Destri vem tendo a oportunidade de conhecer melhor a comédia. Pelo menos, na televisão. Na pele do adolescente Vinny, de Sangue Bom, que se encerra nesta semana, o ator não chegou a ter grandes sequências cômicas. Mas a proximidade com Marisa Orth, que vive a tresloucada Damáris no folhetim, mãe de seu personagem, e sua experiência anterior como o convencido Kiko de Malhação, no ano passado, deixaram um desejo no rapaz para um próximo papel na televisão. "Acho que todos os personagens devem ter o drama e a comédia andando juntos. Mas seria uma baita experiência poder encarar um papel de humor depois de trabalhos fortes como os que fiz em Cordel Encantado e Sangue Bom, avalia. 

Na história, além de lidar com as confusões em que a mãe se mete, Vinny também precisa administrar o amor que sente por Renata, papel de Regiane Alves. O problema é que ela tem um passado com Érico, de Armando Babaioff, e é bem mais velha que o garoto, que tem apenas 17 anos. Foi na questão romântica, inclusive, que Maurício admite ter apostado mais para chamar atenção dentro da novela. "Quando se tem essa idade, o sentimento é puro, intenso e bonito de se acompanhar. Embora ainda exista um preconceito entre relações de idades diferentes como essa, acho que o principal trunfo dramatúrgico aí é a pureza com que Vinny encara o que sente", valoriza. 

Para interpretar um garoto de 17 anos, Maurício, que tem 22, recorreu às próprias lembranças de sua adolescência. E garante que preferiu não se preocupar tanto com esse detalhe. Primeiro, porque no vídeo ele aparenta mesmo ser mais novo. E também porque, na sua opinião, esse é o tipo de personagem que mescla um comportamento maduro e inocente ao mesmo tempo. Um traço que, garante, ele próprio carrega. "Tenho esse lado mais ingênuo de quem vem de cidade pequena. Isso me ajudou muito na composição. E o fato de ter saído de casa cedo (aos 15 anos) me fez desenvolver uma maturidade que tenho usado muito em meu trabalho", aponta. 

Maurício nasceu em Criciúma, em Santa Catarina. Mas aos 15 anos, depois de passar férias na casa de uma tia em São José dos Campos, como constantemente fazia, decidiu que não queria mais voltar para casa. Passou a buscar trabalhos como modelo, fase essa que durou muito pouco tempo. Propostas até apareciam, mas a determinação de só fazer o que realmente lhe dava prazer passou por cima delas. "O mundo da moda é até interessante, mas olhado de fora. Quando você vivencia aquilo, mesmo que em uma proporção menor, percebe o quanto é difícil viver nele", critica. 

Depois de algum tempo, se mudou para São Paulo, onde começou a direcionar mesmo sua vida para o teatro. Mas foi fora dos palcos que conquistou sua grande chance de entrar na TV. Maurício foi chamado para os testes de Cordel Encantado, onde interpretou o Príncipe Inácio, quando trabalhava em um restaurante paulistano como garçom. E talvez jamais tivesse tentado uma chance nos folhetins se não tivesse acontecido assim. "Eu era tão ligado ao teatro que não pensava em televisão. Queria trabalhar como garçom para viver e, sem me preocupar com a grana, fazer minhas peças nas horas livres", recorda.

Mas, depois de três novelas em três anos, essa relação obviamente já mudou. "TV é uma criação mais individual pelo tempo curto que se tem. Mas é extremamente gostoso. Nada vai me distanciar do teatro, mas quero seguir fazendo novelas", conta.  

Fonte: TV Press
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