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'O Caçador' mostra a evolução de Cauã Reymond como ator

12 abr 2014 - 17h03
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Ator vive o personagem André na trama global
Foto: Globo/Divulgação

Sem muita ação nem suspense, em um ritmo quase lento, a série O Caçador estreou pedindo sangue frio ao telespectador. A trama foi apresentada com clareza, sem malabarismos de linguagem. Membro da Divisão Antissequestro, André (Cauã Reymond) descobre que o pai, o também policial Saulo (Jackson Antunes), está envolvido no sequestro do filho de um traficante. Antes que possa denunciá-lo, ele cai em uma armadilha e é preso acusado de vazar aos bandidos a operação de resgate.

Saulo revela ter um câncer terminal e alega que o dinheiro do resgate será usado para aproveitar os últimos meses de vida. "O que é que eu consegui sendo honesto?", argumenta o veterano. Ele promete deixar um depoimento gravado inocentando o filho. Apesar da decepção, André decide não denunciar o pai e encara a prisão na expectativa de sair em pouco tempo. Porém, o cárcere dura três anos. Ao ser finalmente libertado, o ex-policial começa a jornada para limpar sua ficha.

André é ameaçado pelo traficante, que exige de volta o dinheiro do resgate. Sem saída, ele aceita uma oferta do ex-colega de polícia, delegado Lopes (Ailton Graça): localizar estrangeiros foragidos no Brasil. É como caçador de recompensa que pretende se reerguer para provar ter sido vítima de uma armação. O protagonista terá que conciliar a atividade de fora da lei com a busca incerta por redenção.

Entre os inimigos a vencer está o próprio irmão, delegado Alexandre (Alejandro Claveaux). Tudo indica que foi quem escondeu a prova de inocência deixada pelo pai deles. E logo Alexandre terá outro motivo para tentar prejudicar André: o ex-agente não resistirá à paixão pela cunhada, Kátia (Cleo Pires). Ficou explícita a eletricidade sexual entre os dois. Ciúme e traição anunciam uma provável tragédia familiar.

Apenas três meses depois de interpretar o sedutor Leandro na minissérie Amores Roubados, Cauã Reymond mostra a capacidade de construir rapidamente outro personagem marcante. O ator está seguro e natural em cena, sem flertar com o estereótipo do injustiçado vingador. Doze anos após surgir em Malhação, ele começa a delimitar espaço próprio na teledramaturgia. Sua guerra particular é conseguir que o talento se sobreponha à imagem de galã e símbolo sexual.

O primeiro episódio teve a participação de Milton Gonçalves, vivendo uma espécie de oráculo. O ator e diretor Joca Andreazza, muito atuante na cena teatral de São Paulo, faz o policial corrupto Ribeiro. Figura fundamental para provar a inocência de André, ele foi dado como morto.

O Caçador tem roteiro de Marçal Aquino e Fernando Bonassi, com direção-geral de José Alvarenga. Os três foram responsáveis pelo seriado Força-Tarefa, exibido entre 2009 e 2011. O cineasta Heitor Dhalia, conhecido por filmes como Serra Pelada (adaptado como minissérie pela Globo em janeiro) e O Cheiro do Ralo, assina a codireção.

A abertura mostra imagens aquáticas e a aparição de um tubarão, o grande caçador dos mares, dono de olfato capaz de identificar uma presa a centenas de metros de distância. O tema escolhido foi a gravação original de O Patrão Nosso de Cada Dia, na voz de Ney Matogrosso.

Fonte: Terra
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