Pillar sobre Constância: "representa mulher da elite, da parte egoísta"
- Marcus Vinicius Pinto
- Direto do Rio de Janeiro
Fora de uma novela inteira desde Passione, onde viveu a vilã Flora, Patrícia Pillar volta a ser uma das protagonistas da próxima novela das 18h da TV Globo, Lado a Lado, e novamente como uma vilã. Constância, na opinião da atriz, não chega a ser uma vilã no sentido amplo da palavra, mas uma personagem que luta contra coisas que ela não vai mais conseguir vencer, como o desejo da filha Laura, personagem de Marjorie Estiano, de querer estudar e trabalhar. "É alguém que é feliz do jeito dela e que vai fazer de tudo para que sua família seja feliz", disse Patrícia, que fez duas participações especiais em Passione e na série Divã desde 2010, além de ter apresentado o Som Brasil e feito um capítulo da minissérie As Brasileiras.
E esse instinto de proteção de Constância vai incluir até mesmo uma traição ao marido, o dr. Assunção, vivido por Werner Schunemann. A personagem vai se envolver com Bonifácio (Cassio Gabus Mendes) em troca de conseguir um emprego para o marido, um ex-barão, em declínio após o fim do Império e a chegada da República. "É uma novela que se passa em 1904, mas que mostra a fundação da sociedade que temos hoje, com os defeitos e as qualidades. A Constância é uma falsa moralista, que está a serviço de tudo menos da moralidade, como já disse o Veríssimo em um dos artigos dele", explicou.
A atriz ressalta a importância de Lado a Lado falar do nascimento da mulher moderna nos personagens de Marjorie Estiano e Camila Pitanga, sem deixar de lado que sua personagem também representa um lado de uma mulher moderna mas com resquícios antigos. "A Constância, ao mesmo tempo, representa o nascimento da mulher da nossa elite, da parte egoísta e sem sensibilidade", disse, sem esquecer que a próxima novela ainda vai mostrar o surgimento do Brasil atual, com o gosto pelo futebol, pelo samba e pela capoeira.
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