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Tas sobre 6ª temporada do 'CQC': "a chance de sair da adolescência"

Programa volta ao ar na próxima segunda-feira (18), mantendo foco em reportagens e ampliando presença de esquetes humorísticos

12 mar 2013 - 18h25
(atualizado às 18h49)
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<p>Apresentador do humorístico durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira</p>
Apresentador do humorístico durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira
Foto: Léo Franco / AgNews

Quando estreou na televisão brasileira, em 2008, o CQC apresentou ao público uma forma inovadora de se fazer jornalismo. Bem distante da trupe do Pânico, acostumada a fazer a piada apenas pela piada, o humorístico de origem argentina focou desde o início em provocações sem serem gratuitas, misturando humor com jornalismo, amálgama que fez a fama de Marcelo Tas, apresentador do programa, na década de 1980. Com o passar dos anos, no entanto, manter esse foco tem se mostrado um desafio para a equipe da atração, que sente a cada temporada a necessidade de criar novos métodos para continuar tendo como prioridade aquilo que Tas chama como o DNA do programa.

"Eu creio que, depois de cinco anos no ar, temos uma chance de sair da adolescência", avaliou Tas durante coletiva de imprensa que promoveu a nova temporada do CQC, realizada nesta terça-feira (12), na sede da TV Bandeirantes, em São Paulo. "O programa, principalmente no início, foi muito 'jogar pedra em vidraça e sair correndo'. Mas, com o passar dos anos, a gente aprendeu a ouvir o que o cara tem a dizer e, inclusive, aperfeiçoar nossa reportagem."

Um dos motivos para a mudança foi uma urgência encontrada pelos repórteres e produtores da atração em meio a pautas rodadas principalmente no Congresso Nacional. Se no início os integrantes surpreendiam políticos pelo teor agudo de suas perguntas, com o passar do tempo eles passaram a perceber uma notável habilidade de deputados e senadores em se desvencilhar de certas questões, deixando clara a necessidade novos tipos de abordagem.

"Muitos deputados têm coaching (treinamento) para dar entrevista ao CQC. Então tivemos que melhorar nosso jeito de fazer perguntas e eu creio que isso é algo muito delicado, porque a natureza do CQC é a crítica, somos pontiagudos. Não é mais apenas 'jogar pedra na vidraça', é um humor que critica de forma mais profunda, mas que ao mesmo tempo vem para ficar. O programa já tem cinco anos, não vai acabar no ano que vem. Já temos uma história."  

De fato, nas cinco temporadas exibidas até agora, as polêmicas políticas se tornaram uma característica inerente à atração. Tanto que o CQC passou a ser visto como, mais do que um humorístico, um programa de conteúdo informativo, atraindo um público carente da abordagem pouco ortodoxa de se praticar o jornalismo, com confrontamentos e ironia.

"O drama do CQC sempre foi esse: como fazer isso que fazemos com ousadia, sem perder a mão, mas indo até o limite? Porque viramos uma referência de jornalismo e muita gente não acha legal isso. Mas, hoje, há muitos jovens que assistem ao programa como fonte primária de informação. Isso é algo muito sério, que percebemos através de pesquisas e pela repercussão que tivemos junto às autoridades."

Foi graças a essa repercussão, segundo Tas, que o CQC viu sua primeira pauta de 2013 no Congresso Nacional ser impedida de ser produzida. O problema, no entanto, já foi resolvido.

"Houve uma mudança na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados que resolveu nos bloquear de entrar. Mas eles perceberam rapidamente a pressão da nossa audiência, a força das pessoas que gostam do programa, e buscaram um diálogo com a gente. Agora, estamos autorizados de forma ainda mais consistente a filmar por ali."

Ficção em alta

Se há um grande foco em manter e ampliar a qualidade do jornalismo provocativo, o CQC 2013 também promete inserir em sua programação mais e mais ficção. Para isso, o humorístico estreia a nova temporada, na próxima segunda-feira (18), com a ex-MTV Dani Calabresa no comando de esquetes, imitações de tipos conhecidos e abordagens bem-humoradas de assuntos diversos, com as quais tanto se acostumou ao longo de seus quatro anos na emissora musical.

"Estou muito feliz por participar do programa. Assisto desde 2008, adoro todos os integrantes e isso pesou muito para que eu escolhesse vir ao CQC. É um pessoal super inteligente, super talentoso e quero muito fazer toda essa parte cênica com eles, que também são grandes atores. Vamos nos divertir muito", disse ela.

<p>A humorista Dani Calabresa, a nova integrante do 'CQC'</p>
A humorista Dani Calabresa, a nova integrante do 'CQC'
Foto: Léo Franco / AgNews

Apesar de não entrar em detalhes sobre os quadros que apresentará no humorístico, Calabresa citou a presença de celebridades fazendo participações, pois não pretende atuar sozinha. "Se o (jornalista José Luiz) Datena quiser, tá convidado. Assim como o Pânico, o Danilo Gentili. Quem quiser participar será muito bem-vindo."

Mas a humorista não é a única novidade no elenco da nova temporada do programa. Já era prometida para a próxima segunda-feira, a apresentação de um novo integrante para a atração. Entretanto, após mais de 20 testes, realizados desde dezembro, ainda não há uma definição.

"Não estrearemos esse novo nome agora porque os caras são muito bons. Claro, também já temos muito material gravado e não queriamos congestionar o início da temporada. Mas o principal motivo é que, basicamente, estamos em dúvida. O que posso dizer é que não será uma pessoa conhecida e, entre os quatro finalistas, um é mulher", entregou Tas.

Fonte: Terra
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