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SP: ator de American Pie vê Corinthians e brinca com cena de masturbação

16 jul 2013 - 09h17
(atualizado às 11h40)
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<p>Jason Biggs, astro da franquia 'American Pie'</p>
Jason Biggs, astro da franquia 'American Pie'
Foto: Divulgação

Em São Paulo para divulgar seu mais recente trabalho, a série Orange is The New Black, Jason Biggs, o Jim da franquia American Pie, não conseguiu esconder sua animação com o novo projeto e a oportunidade de estar no Brasil, ao encontrar alguns jornalistas no Hotel Unique, na última segunda-feira (15). "Cheguei no sábado (13), no meio do dia. Tive sábado à noite e todo o dia de ontem. Tive momentos ótimos aqui. Fui no jogo do Corinthians ontem", contou.

Alguém questiona a qualidade do jogo, já que o Corinthians perdeu para o Atlético-MG, no Pacaembu, por 1 x 0. "Você torce para quem? São Paulo? Melhor não falarmos de futebol, né?!", decidiu e, rapidamente, mudou de assunto. "Sou grande fã de arte de rua também. Andei por aí. São Paulo é uma das melhores cidades para isso. Uma das melhores do mundo. Estou adorando", elogiou.

"Estou amaaaando. Eu fui no samba ontem! Onde nós fomos? Vila Madalena! Estávamos lá na noite passada. Eu amei! Fui a um museu também, o Mo...Masp!", interrompeu Danielle Brooks, atriz norte-americana, que interpreta a personagem Tasty no seriado, cheia de animação. Além dos dois atores, Piper Kerman, autora do livro que deu origem à série, também esteve presente.

Depois do bate-papo informal, hora de responder às perguntas sobre a série que os trouxe ao País. Orange is The New Black, da mesma criadora de Weeds, Jenji Kohan, aborda o universo de uma prisão feminina. Por causa de um crime cometido no passado, Piper Chapman (Taylor Schilling) é detida e condenada a cumprir pena em uma penitenciária federal por um ano e três meses. Para pagar por seus crimes, ela troca uma vida confortável em Nova York, ao lado do noivo Larry Bloom (Jason Biggs), pela prisão, onde encontra tensão e companheirismo em um grupo de detentas.

Questionado sobre o motivo de ter aceito um papel em uma série dramática, que tem pitadas de humor negro e sarcasmo, Biggs contou que estava buscando desafios. "Fiz uma série uns dois anos atrás (Mad Love), que foi cancelada após uma temporada, e foi muito divertido. Queria continuar a fazer televisão. Queria fazer algo diferente, que fosse desafiador. Fiquei sabendo que o projeto era com a Jenji Kohan e que era para o Netflix. Essas duas coisas me deixaram muito animado. Fiz um teste para Jenji e depois um com Taylor. Nós tivemos uma ótima química. E foi isso", disse.

Questionado se está sendo difícil fazer drama, o ator confirmou, sem pestanejar. "Acho que isso foi o que mais me atraiu, tirando Jenji e o Netflix. Foi a alta qualidade da série e a complexidade do papel. Já fiz drama, mas não recentemente. E essa também é uma comédia diferente do que eu estou acostumado, como em American Pie", afirmou. "A razão pela qual esses filmes funcionam é que os personagens são reais, mas exagerados. Dou o meu melhor para que Jim pareça daquele jeito. Fica muito claro onde as piadas estão. Com Larry, isso não é claro. Faço essas cenas que, para mim são dramáticas, mas nosso diretor e Jejin fazem comentários para que aquilo tenha um tom engraçado. Como: 'tente fazer desse jeito, pode ser mais divertido'. E eu ficava: 'Oi? Divertido? É uma cena dramática'. Essa é a belaza do show. Tem sido muito dificil, mas é bem-vindo", contou.

Com Danielle, o processo foi parecido. "A minha audição foi a minha primeira cena, que aparece no primeiro episódio, que eu estou no chuveiro", contou a atriz. "Uau! Você já mostrou os seios na TV, então?!", interrompeu Biggs. "Ééééé. Eu já!", rebateu. "Eu a-mei essa cena", elogiou o ator, sem conseguir parar de fazer piadas, fato que se comprovou durante toda a entrevista.

"Essa foi a cena que fiz a audição. Estava praticamente sem figurino, com uma camiseta enorme, que não é nada sexy. Estava com o cabelo preso, sem maquiagem. Fui lá e fiz o que eu sabia. Ganhei o trabalho. É como se fosse o ticket de ouro para a Fantástica Fábrica de Chocolate. Foi como ganhar na loteria. Está sendo ótimo!", disse a atriz.

Cenas quentes

O seriado do Netflix é recheado de cenas de sexo, principalmente dentro da prisão, entre as presas e, às vezes, entre presas e policiais. Jason Biggs, que está afastado da noiva, tem uma cena, no terceiro episódio, em que aparece se masturbando. "É engraçado porque, para mim, esse tipo de cena, eu não tenho problema algum em fazer. Se eu acreditar que posso fazer as pessoas rirem com aquilo, por exemplo, eu vou fazer qualquer coisa. Literalmente. No último American Pie, eu fiquei pelado, exibindo meu pênis na cara de todo mundo. O que mais falta fazer? Se eu achar que vale a pena, que é importante para o personagem, vou fazer", disse.

"Nós, atores de comédia, somos pessoas complicadas. Ao mesmo tempo que sou desse jeito, me exponho, é como se eu me escondesse nisso. Posso mostrar meu pênis, mas eu me sinto seguro. É bizarro. Não sei explicar. Quando faço essas cenas, me sinto seguro. Me sinto protegido porque não sou eu, é aquele personagem maluco que faz essas coisas. Sabe quando eu me sinto desconfortável? Em cenas como quando Larry deixa Piper na prisão. Essa foi minha primeira cena na série. Estava muito nervoso. Pensava: 'tenho que estar sério? tenho que chorar? Não, eu não vou chorar!'. Queria entender como eu me transportava para aquele lugar. Era tudo novo. Muitos desafios. Estava completamente fora da minha zona de conforto, mas foi por isso que eu amei fazer", completou.

O terceiro episódio da série foi dirigido por ninguém menos do que Jodie Foster, ganhadora de dois Oscars de Melhor Atriz, por Acusados (1988) e O Silêncio dos Inocentes (1991). Questionado se foi a primeira vez que se masturbou para a atriz, Jason Biggs novamente fez uma piada. "Foi a primeira vez! Provavelmente não foi a última. Espero que não a última! Fora de cena, óbvio!", disse. Aproveitando o gancho, Danielle Brooks elogiou a direção de Jodie. "Ela é incrível! Está na indústria há tanto tempo como atriz. Ela sabe como falar a língua dos atores. É muito fácil trabalhar com ela. Jodie é muito calma, sabe o que está fazendo e faz com que você sinta que sabe o que você está fazendo também".

<p>Os atores Jason Biggs e Danielle Brooks vieram ao Brasil para divulgar a série do Netflix 'Orange is the New Black'. Piper Kerman, autora do livro que inspirou a série, também esteve em São Paulo</p>
Os atores Jason Biggs e Danielle Brooks vieram ao Brasil para divulgar a série do Netflix 'Orange is the New Black'. Piper Kerman, autora do livro que inspirou a série, também esteve em São Paulo
Foto: Divulgação

Diversidade

O seriado explora muito bem a diversidade, tanto a racial, quanto a sexual. O elenco masculino praticamente desaparece no meio de tantas atrizes competentes, como Taylor Schilling, Kate Mulgrew, Natasha Lyonne e Laverne Cox, que é transgênero. "Gosto de estar em uma série tão diversa. Sou heterossexual e todo certinho na série. Mas o que eu amo é que temos diferentes raças, e temos lésbicas, bissexuais, mulheres que estão experimentando, transgêneros. Lavern é genial. Eu a amo!", disse Biggs.

No terceiro episódio do seriado, a história de Sophia Burset, vivida por Lavern, é contada. No início, um homem interpreta a personagem, antes dela trocar de sexo, o que deixa o público intrigado, já que ele aparece sem seios e tem exatamente os mesmos traços de Lavern. "É o seu irmão. Gêmeo!", desvendou Danielle Brooks.

Biggs aproveitou para dizer que não se importa em estar entre tantas mulheres e chega a ter inveja por não fazer parte do elenco da prisão. "Trabalhar como tantas mulheres pode ser o melhor e o pior lugar para trabalhar, você decide", começou. "Não interajo com as atrizes que estão na prisão. Só esbarro com elas na sala de visita, quando Larry vai visitar Piper. Sempre fico querendo estar com elas. São muito talentosas", finalizou.

Audiência

Orange is The New Black é baseada no livro autobiográfico de Piper Kerman. Os treze episódios já estão disponíveis no Netflix e uma segunda temporada já foi anunciada, mas deve chegar apenas em 2014. O fato de não "depender" da audiência para a renovação agrada o elenco e faz com que trabalhem com mais segurança. "Acho que tira muita pressão não ter que pensar nessas coisas, nos números. Não viver na pressão de: 'vão nos cortar depois que a primeira temporada acabar!'. É ótimo! Vamos lá, fazemos nosso trabalho e temos mais confiança. Acho que isso é bom para todo mundo", opinou Danielle.

"Temos segurança de que temos um trabalho! Não estamos dizendo que a audiência não é importante! Lógico que não. Mas é muito bom já ter uma segunda temporada, sem se preocupar com os números da primeira. Dá um segurança para o público também, que não tem que ficar pensando que aquela série que ele gostou, com aqueles personagens incríveis, não vai voltar. Na TV, isso acontece o tempo todo, você não sabe nem se vai ao ar na próxima semana. Eu acho genial!", elogiou Biggs.

O seriado, que tem um quê de Weeds e Oz, vem recebendo boas críticas e chega a ser impossível não se envolver com as detentas, que chegam a ser mais marcantes do que a protagonista, vivida brilhantemente por Taylor Schilling. "Não vi uma crítica que não fosse positiva. Foi unânime. Nenhuma! É ótimo estar em um projeto que todos estão respeitando, todos estão gostando! A indústria está tratando Orange com muito respeito, assim como outros atores. No Twitter, Facebook, as respostas têm sido positivas. As pessoas estão assistindo. E assistindo várias vezes. Eles dizem: 'estou vendo a série pela segunda vez!'", contou Danielle Brooks. "Provavelmente, essa era a minha mãe", interrompeu Jason Biggs, levando todos às gargalhadas.

<p>Danielle Brooks, a Tasty de 'Orange is the New Black'</p>
Danielle Brooks, a Tasty de 'Orange is the New Black'
Foto: Divulgação

Fonte: Terra
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