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Tadeu Schmidt comemora permanência à frente do 'Fantástico'

Atração dominical passou por mais uma reformulação

22 dez 2014 - 13h51
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O bom humor de Tadeu Schmidt extrapola o vídeo. Bem articulado e com jeito de quem sabe o que quer, ele é só sorrisos ao falar sobre sua presença à frente do Fantástico em 2015, após mais uma reformulação. E valoriza a complexidade de formatar o programa, onde é preciso equilibrar doses de informação, entretenimento, drama e comédia. "Temos um programa clássico nas mãos e é preciso respeitar isso. O Fantástico precisa ser leve, mas também ter profundidade. Não foi fácil encontrar o tom certo", assume. Sempre muito envolvido com as pautas e quadros da produção, Tadeu diz que arquiteta novas ideias o tempo inteiro. "É um programa muito vivo e sem amarras. Isso me estimula a sempre querer criar algo", conta Tadeu, que, desde o último mês de novembro, divide o comando da produção com Poliana Abritta.

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Nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, e irmão do jogador de basquete Oscar, a influência do esporte na carreira jornalística de Tadeu é evidente. Seu jeito espontâneo de tratar o tema foi fundamental para seu início na Globo, onde começou como repórter em Brasília, para depois ser contratado pela sucursal do Rio de Janeiro. Com passagens pelo Bom Dia Brasil e destaque em coberturas de eventos esportivos internacionais, o jornalista chegou ao Fantástico, em 2007, para apresentar o bloco esportivo. Adaptado ao ritmo do programa e já conhecido do público, acabou virando um dos apresentadores do dominical após a reformulação ocorrida no final de 2011. "Cada semana é sempre muito diferente da outra. Não posso reclamar de rotina no trabalho", garante, entre risos.

Você está no Fantástico desde 2007, quando foi apresentar apenas a editoria de Esporte. E após algumas reformulações, é o único que continua no programa. O que acha que o prende ao dominical?

Tadeu Schmidt - Continuar no Fantástico é algo que não depende só de mim. O programa sempre viveu muito bem sozinho e, seja qual for o time de apresentadores, vai continuar firme na liderança. Pois o que o segura na grade da Globo é a grife que se formou ao longo do tempo em torno do nome. Eu entrei de fininho e fui me apresentando aos poucos ao público do programa. Acho que encontrei uma maneira bacana de me comunicar com eles.

Você acredita que começar pelo esporte ajudou a criar essa relação com o público?

Tadeu Schmidt -

Acho que sim. Uma das melhores coisas do jornalismo esportivo é a leveza com que o tema pode ser tratado. E foi por aí que comecei. Esse tom mais divertido aproxima mesmo. E é muito bacana a repercussão do programa na rua. Quando passei a apresentar o programa inteiro, em 2011, não teve choque com a audiência porque todo mundo já tinha se acostumado com o meu jeito dentro do

Fantástico

. O que mudou foi a minha relação nos bastidores.

Como assim?

Tadeu Schmidt - Quando só apresentava a área de esportes, chegava lá e fazia a minha parte. Quando passei a dividir a apresentação com a Renata Ceribelli e o Zeca Camargo, me envolvi de fato com todo o processo de criação, ajudei na idealização de quadros, pautas e é assim até hoje. Não deixo meu trabalho no "piloto automático". Eu vivo o Fantástico não só aos domingos, mas todos os dias da semana. Acho que o trabalho está dando certo. Do contrário, já teriam feito mudanças.

Tadeu Schmidt
Tadeu Schmidt
Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias / TV Press

O dominical sempre teve sua admiração e se tornou uma meta em sua carreira ou você simplesmente apareceu no vídeo, agradou e virou o apresentador?

Tadeu Schmidt -

Nunca imaginei que poderia apresentar o

Fantástico

. Sempre fui fã do programa e telespectador assíduo. Contei muito com o fator sorte e adequação. Uma chance me foi dada. Caso não funcionasse, com certeza não ficaria. E eu fiz por onde para me manter no posto.

Seu jeito bem-humorado, em algum momento, o fez sentir dificuldades de lidar com as notícias mais dramáticas do programa?

Tadeu Schmidt -

Vi isso como um exercício. Eu precisava me encaixar na linguagem do

Fantástico

. O programa é uma miscelânea de estilos e gêneros, tudo cabe ali. Mas não qualquer coisa. Então, o filtro é sempre muito específico. É preciso ter versatilidade também, saber passar de uma notícia triste para algo mais alegre, de uma matéria de comportamento para um quadro de dramaturgia. Algumas coisas têm a "cara" do programa, outras não funcionam. Adorei o resultado, por exemplo, do

Eu Que Amo Tanto

, um produto de dramaturgia de alto nível e que valorizou o programa como um todo.

Quadros e séries como Eu Que Amo Tanto ou Correio Feminino, exibido no ano passado, parecem feitos para deixar o programa mais ao gosto das telespectadoras. Você acha que o Fantástico precisa se tornar mais feminino?

Tadeu Schmidt - A gente não pensa nisso. O programa é totalmente voltado para o público em geral. Na faixa em que vamos ao ar, atingimos jovens e adultos de várias classes. É preciso igualar a linguagem e trazer assuntos de relevância geral. É por isso que a gente exibe sempre uma matéria especial aos domingos. E junto com isso, vários outros destaques que possam "tocar" as mais variadas camadas de público. No caso dessas séries, acho que elas cumprem a função de um clássico como A Vida Como Ela É, que fez muito sucesso nos anos 1990 e atingiu o público como um todo.

Na mais recente reformulação, Poliana Abritta assumiu o lugar de Renata Vasconcellos na apresentação do Fantástico. Como a equipe recebeu mais essa alteração?

Tadeu Schmidt -

Foi tranquilo e acho que o nervosismo de todos já passou. Tem algumas semanas que a Poliana está no ar, ela é uma repórter segura e que se adaptou bem ao clima do programa. A presença dela no

Fantástico

 não chega a ser uma novidade. Assim como eu, ela também passou pela sucursal da Globo em Brasília e é uma profissional extremamente versátil. A gente trabalhou muito para deixar o programa do jeito que está. Fomos nos pequenos detalhes e gosto muito do que vejo no ar.

Quais detalhes, por exemplo?

Tadeu Schmidt -

Coisas bobas, mas que fazem diferença no vídeo. Sou alto e para não ter tanta discrepância na TV, ela usa um salto maior (risos).

Muitos nomes do jornalismo da Globo estão migrando para a área de entretenimento. Você tem essa pretensão?

Tadeu Schmidt -

Isso não passa pela minha cabeça ainda e não tive convites ou propostas nesse sentido. O que posso dizer é que me sinto bem realizado com o trabalho que desenvolvo no

Fantástico

 e com as participações que faço de vez em quando em eventos da emissora.

Quadro a quadro

Além das brincadeiras na hora de apresentar os gols da rodada, um dos primeiros pontos de destaque e identificação de Tadeu Schmidt com o público do Fantástico foi, sem dúvida, a interação virtual promovida pelo quadro Bola Cheia e Bola Murcha. "O programa já tinha esse apelo interativo com o público, mas o quadro elevou isso de forma significativa", conta.

A partir disso, outras "brincadeiras" foram inventadas por Tadeu e pela equipe do dominical. Quadros como Detetive Virtual, que desvenda alguns mitos e boatos da internet, e Phantasmagoria, onde trabalhou ao lado do mágico Kronnus. Para o próximo ano, o apresentador estuda desenvolver pautas mais direcionadas para a Olimpíada do Rio, que acontecem em 2016. Até lá, toda a programação da Globo deve abordar o evento de forma frequente. "A emoção de cobrir um evento desse porte é muito grande. E essa preparação já começou", conta.

No cotidiano

O esporte sempre foi uma parte importante na vida de Tadeu Schmidt. Ele bem que tentou se aventurar pelo mundo do vôlei e chegou até a integrar a seleção nacional juvenil no posto de levantador. No entanto, aos 17 anos, depois de ser cortado de um campeonato, acabou desistindo das quadras. A paixão pelo esporte continuou firme e foi desenvolvida através do jornalismo. "Eu fiquei muito frustrado na época. Aí, fui para o 'plano B'. No fim, acho que as coisas acabaram dando muito mais certo", admite, entre risos.

Fonte: TV Press
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