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"Tenho déficit de atenção", diz ator de 'Tapas & Beijos'

25 mai 2013 - 21h06
(atualizado às 21h07)
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Otávio Müller estreou na TV há 25 anos
Otávio Müller estreou na TV há 25 anos
Foto: Luiza Dantas/Carta Z Notícias / TV Press

Irrequieto e de fala apressada, Otávio Müller é um "workaholic". A televisão é sua prioridade, mas entre uma gravação e outra de Tapas & Beijos, onde dá vida ao boa praça Djalma, o ator tem vários outros projetos. Por isso, organiza seu tempo para, ainda este ano, voltar a dirigir no teatro e no cinema, além de participar da divulgação de três longas, incluindo O Gorila, do qual é protagonista. 

"Já é da minha personalidade desenvolver e lançar várias coisas ao mesmo tempo. Sempre foi assim. E, por enquanto, tudo tem funcionado bem", conta, aos risos. Satisfeito com o esquema mais leve de gravações de Tapas & Beijos e feliz com as novas nuances de seu personagem na terceira temporada da série, Otávio exibe fôlego e empolgação de iniciante com seu trabalho na TV.

O que muda é a experiência e os cabelos grisalhos, que não estavam presentes na estreia do ator, há exatos 25 anos, como o Sardinha de Vale Tudo. "Passou rápido né? Lembro que minha primeira cena foi com o Cássio Gabus Mendes, a Lídia Brondi e a Gloria Pires. E, olha que legal, sou amigo dos três até hoje", rememora o ator, que, depois desse personagem, caiu no gosto do autor Gilberto Braga e do diretor Dennis Carvalho, com quem ainda trabalhou em novelas como O Dono do Mundo, Força de Um Desejo, Celebridade e Paraíso Tropical.

"Fiz de tudo um pouco em novelas: personagens pequenos, de destaque, vilão, maluco, viado. Não sou muito de olhar para trás, mas fico feliz em relembrar os papéis que tive", emociona-se, aos risos.

Com exibição anual, Tapas & Beijos está na terceira temporada e mantém um bom ibope, acima dos 25 pontos de audiência. Ao longo dos anos, o que você faz para continuar instigado a interpretar o Djalma?

Antes de mais nada, o que me estimula a continuar na série é o texto. É preciso ter qualidade, ter variedade e o ator precisa ver que o roteiro ainda exige empenho e oferece outras possibilidades de atuação. Fora isso, outros pontos vão me instigando, como o cotidiano de produção do programa. Se o ambiente fosse ruim, certeza que apenas um contrato não me deixaria tão satisfeito. Nem tudo é perfeito, mas em se tratando de Tapas & Beijos, é possível observar um esforço coletivo para criar um bom ambiente de trabalho.

No final da última temporada, ao sofrer um infarto, a trama de Djalma passou por algumas alterações. O que você achou das novas nuances do personagem? 

Eu adorei. Do ponto de vista da atuação, foi muito proveitoso. Já de olho nesta nova temporada, os roteiristas montaram uma trama bem bacana para ele. Pois com a saúde comprometida, Djalma teve de se afastar do trabalho. Isso quase o enlouqueceu e criou situações divertidíssimas. Mudou diretamente a relação dele com a Flavinha (Fernanda de Freitas), pois ele começa a fazer cada vez mais coisas escondidas dela, não toma os remédios e se envolve com bebida. Ele não aguenta essa espécie de aposentadoria "forçada".

Em algum momento, você pensou em não participar da atual temporada?

Não. É tudo muito bem conversado na emissora. E, na verdade, Tapas & Beijos é pensado como um produto de longo prazo. A equipe vem do sucesso das primeiras temporadas de A Grande Família e está acostumada a projetos de longa duração. Claro que, se a série não fosse bem na audiência, já teria sido cancelada. Então, Tapas & Beijos tem tudo a favor, inclusive, para uma quarta temporada.

Antes de Tapas & Beijos, você participou de novelas como Vale Tudo, Desejos de Mulher e Celebridade. Sente falta do cotidiano dos folhetins?

Fui muito feliz fazendo novela. E tive encontros bem legais com Dennis Carvalho e Gilberto Braga. Fiz outras tantas coisas sob a direção da Amora Mautner e do Mauro Mendonça Filho. Enfim, tem pessoas que eu gostaria de rever e que estão no setor de novelas. É um trabalho bem árduo, em que é preciso dedicação. Vale o convite, mas admito que meu estilo de vida e de trabalho combina mais com séries e minisséries, coisas mais curtas.

Sua preferência por produções curtas é na intenção de ficar mais disponível para atuar em outros veículos e mostrar sua porção diretor?

Eu sempre consegui fazer um monte de coisas ao mesmo tempo. O fato é que tenho déficit de atenção. Isso nunca atrapalhou minha carreira na TV, mas eu preciso me envolver com 300 coisas ao mesmo tempo para ficar "ligado" e manter meu foco no trabalho. Às vezes, penso que vou enlouquecer, mas é muito gratificante quando vejo meus projetos prontos. Só esse ano, além de gravar Tapas & Beijos, me preparo para dirigir uma nova peça de teatro, lançarei os longas Alemão, O Gorila e Minutos Atrás. E, por fim, ajusto os primeiros detalhes da adaptação cinematográfica de Capitão Gay, personagem criado pelo Jô Soares, com o Leandro Hassum como protagonista.

Fonte: TV Press
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