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Nem ambígua e nem enigmática; Monalisa é feliz, diz pesquisa

14 mar 2017 - 14h53
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O mistério que envolve o sorriso de "Monalisa", a famosa pintura do gênio italiano Leonardo da Vinci, foi finalmente resolvido: a "Gioconda" não é ambígua ou enigmática como é afirmado há séculos, mas simplesmente feliz. É o que aponta um experimento realizado pela pesquisadora italiana Emanuela Liaci na universidade alemã de Friburgo.

Monalisa, obra do gênio italiano Leonardo da Vinci
Monalisa, obra do gênio italiano Leonardo da Vinci
Foto: Getty Images

"Ficamos muito surpresos ao descobrir que a 'Monalisa' foi sempre vista como feliz. Isso coloca em discussão a opinião comum entre os historiadores da arte", afirmou o coordenador do grupo de pesquisa, Jurgen Kornmeier.

Para decifrar o sorriso da "Gioconda", os estudiosos mostraram a um grupo de voluntários o quadro de Da Vinci junto a outras oito versões "retocadas", nas quais os ângulos da boca da mulher foram ligeiramente curvados para cima ou para baixo para dar uma expressão mais feliz ou triste.

A pintura original e mais outras quatro versões com as expressões mais positivas foram percebidas como "felizes" em quase 100% dos casos e o seu reconhecimento aconteceu com maior rapidez e facilidade em relação às expressões mais tristes.  "É como se o nosso cérebro conseguisse reconhecer melhor as expressões faciais positivas", comentou Liaci.

Já em um segundo experimento, os pesquisadores mostraram aos voluntários a "Monalisa" junto a outras sete versões, mas todas elas melancólicas. Neste contexto, todas as imagens foram julgadas como "tristes", sendo que o quadro original foi considerado o menos infeliz de todos. "Os dados demonstram que a nossa percepção de quem é triste ou feliz não é absoluta, mas sim adaptada com uma velocidade impressionante", explicou Kornmeier.

Os resultados dos testes feitos pela equipe, que foram publicados na revista "Nature", indicaram, portanto como a percepção das emoções não é absoluta, mas que pode ser influenciada pelo contexto no qual nos encontramos.

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Fonte: Ansa
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