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'Pequeno Picasso': menino afegão que vive em campo de refugiados faz sucesso na pintura

17 mar 2017 - 15h44
(atualizado às 17h07)
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O tenista Novak Djokovic, a atriz Angelina Jolie e a chanceler da Alemanha surgem no papel com uma semelhança incrível à vida real.

Menino afegão que vive em campo de refugiados ganha apelido de 'Pequeno Picasso':

Tais celebridades são um exemplo do talento de Farhad Nouri. O nome não vai soar familiar, pois trata-se de um menino afegão de apenas 10 anos que vive em um campo de refugiados na capital da Sérvia, Belgrado.

Farhad, seus dois irmãos e o pai deixaram o Afeganistão em busca de uma vida melhor na Europa. Passaram pela Turquia e a Grécia antes de chegar à Sérvia, onde há um ano estão retidos à espera da concessão de asilo - eles querem viver na Alemanha ou na Suíça.

"Gosto de pintar e desenhar para expressar meus sentimentos", diz Farhad Nouri
"Gosto de pintar e desenhar para expressar meus sentimentos", diz Farhad Nouri
Foto: BBC News Brasil

O menino disse que aprendeu a pintar e desenhar sozinho, com a ajuda de vídeos no YouTube. Aproveitou as horas vagas também para aprender inglês.

A habilidade artística fez com que Farhad ganhasse o apelido de "Pequeno Picasso".

Ele também ganhou certo status de celebridade - depois de conhecê-lo, a atriz americana Mandy Patikin, que trabalha com refugiados, pediu ao presidente dos EUA, Donald Trump, que receba mais pessoas de países afetados por conflitos, como o Afeganistão.

"Gosto de pintar e desenhar para expressar meus sentimentos", conta o menino.

Menino afegão de apenas 10 anos que vive em um campo de refugiados em Belgrado, Farhad Nouri é apelidado de "Pequeno Picasso"
Menino afegão de apenas 10 anos que vive em um campo de refugiados em Belgrado, Farhad Nouri é apelidado de "Pequeno Picasso"
Foto: BBC News Brasil

A família Nouri faz parte de uma leva de milhares de migrantes detidos na Sérvia à espera de passagem para a Europa Ocidental, no momento em que diversos países estão fechando fronteiras e tolerância com imigrantes vem diminuindo.

Farhad e a família vivem em um campo construído nos anos 90 para refugiados das guerras separatistas na antiga Iugoslávia. Ocupam um quarto pequeno com beliches, um armário e uma pequena mesa.

Durante o dia, as crianças brincam e têm aulas de sérvio.

À noite, o menino desenha. E sonha com uma vida em que é artista profissional.

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