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"The Crown" e "Atlanta" ganham prêmios principais em TV no Globo de Ouro

9 jan 2017 - 03h23
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"The Crown" e "Atlanta", duas séries novatas que concorriam contra produções reconhecidas e com várias temporadas, conseguiram os prêmios principais de televisão na 74ª edição do Globo de Ouro, realizada na noite deste domingo em Los Angeles (EUA).

"The Crown", "Atlanta" e "The People v. O.J. Simpson" (melhor minissérie ou telefilme) ganharam duas estatuetas cada uma, embora a que mais prêmios levou na noite foi "The Night Manager", três ao todo.

A elegante série sobre a monarquia britânica "The Crown" obteve o cobiçado prêmio de melhor drama de televisão, uma categoria na qual tinha como dura concorrência rivais do tamanho de "Game of Thrones", "Westworld", "Stranger Things" e "This Is Us".

Sua protagonista Claire Foy, que interpreta a rainha Elizabeth II, ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz de série de drama.

A intérprete destacou que a rainha da Inglaterra teve um papel crucial durante décadas em escala internacional e apostou, no mesmo sentido, que as mulheres estejam "no centro do mundo".

Por outro lado, "Atlanta", a série sobre as aventuras de dois primos que tentam abrir caminho no mundo do rap, ganhou a estatueta de melhor produção televisiva de comédia ou musical, derrotando "black-ish", "Mozart in the Jungle", "Transparent" e "Veep".

Donald Glover, criador e rosto mais conhecido de "Atlanta", recebeu o prêmio de melhor ator de série de comédia

O prêmio de melhor atriz de comédia foi para Tracee Ellis Ross, filha da cantora Diana Ross e uma das intérpretes de "black-ish".

O Globo de Ouro aplaudiu o talento emergente dos atores negros, com mostras tão notáveis como "Atlanta" e "black-ish", mas também intérpretes totalmente diferentes e muito conhecidos pelo público.

Assim, Billy Bob Thornton ganhou o Globo de Ouro de melhor ator de série de drama por "Goliath", enquanto os britânicos Tom Hiddleston e Hugh Laurie, ambos por "The Night Manager", ganharam os prêmios ao melhor ator e melhor coadjuvante de minissérie, respectivamente.

Hiddleston deu um discurso centrado em sua experiência humanitária no Sudão do Sul, enquanto Laurie foi um dos artistas mais críticos ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Laurie disse que estes talvez seriam os últimos Globos de Ouro não por ser "pessimista", mas porque a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood, que organiza os prêmios, contém em seu nome as palavras "Hollywood", "imprensa" e "estrangeiro", uma irônica alusão do ator às polêmicas mensagens de Trump.

"The Night Manager", a produção de espionagem baseada em um romance de John Le Carré, também levou para casa o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante pelo trabalho de Olivia Colman, mas embora tenha ganhado três prêmios (a série mais premiada da noite) não ganhou a estatueta de melhor minissérie ou série limitada, que foi para a aclamada "The People v. O.J. Simpson".

Fenômeno de crítica e público em 2016 nos EUA, "The People v. O.J. Simpson" surgiu como a grande favorita, com cinco indicações, mas triunfou em apenas duas categorias: melhor minissérie e melhor atriz de minissérie pelo trabalho de Sarah Paulson.

Paulson ressaltou a "integridade" da promotora Marcia Clark, à qual interpreta na ficção, enquanto a produtora de "The People v. O.J. Simpson", Nina Jacobson, destacou o cenário que aquele julgamento transformou uma tragédia em "entretenimento" e afirmou que a Justiça americana é "de tudo menos cega" quando a raça ou o gênero estão presentes em um caso.

"Enquanto trabalhávamos na série, não tínhamos nem ideia de como de dolorosamente relevantes seriam esses temas em 2016", concluiu.

EFE   
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