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Beija-flor é destaque em 1° dia de Carnaval do RJ

Repleto de famosos, a farra carioca deu um show de luxo e requinte em suas fantasias e alegorias

8 fev 2016 - 10h52
(atualizado às 12h56)
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Na noite de domingo (7) o destaque foi para a escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, que mostrou com perfeição a história do Marquês de Sapucaí.

Foto: Marcello Barretto/AgNews

Mas foi com as cores vermelho e branco, da escola de samba Estácio de Sá, que a Marquês de Sapucaí deu a largada ao primeiro dia de Carnaval do Rio de Janeiro. "Salve Jorge! O Guerreiro na fé” foi o tema de samba-enredo da agremiação, que marcou seu retorno ao Grupo Especial homenageando o santo mártir, guerreiro e padroeiro dos sambistas, São Jorge. Bonecos gigantes representaram um cavalo, São Jorge e o Dragão. 

A comissão de frente retratou o duelo do bem contra o mal. O diretor Jorge Fernando marcou presença na Avenida carioca ao lado de anjos completando o cenário do santo guerreiro.  Em seguida, outros carros lembraram as torturas de São Jorge, a morte, os devotos ingleses como a rainha da Inglaterra, o Rei Arthur e Eduardo Terceiro.

O diretor Jorge Fernando antes de entrar na Marques de Sapucaí no domingo (7)
O diretor Jorge Fernando antes de entrar na Marques de Sapucaí no domingo (7)
Foto: Willian Oda / AgNews

À frente da bateria estava Luana Bandeira, que, além de beleza, mostrou que tem samba no pé. A escola destacou a história do guerreiro desde a Capadócia, na Turquia, até passar por terras brasileiras, como em seu embate contra o Dragão.  

Na sequência, a Sapucai foi tomada pela União da Ilha do Governador. “Trilhar caminhos de rara beleza e correr para os braços da Mãe Natureza. Poder voar no azul do infinito, do alto sou ainda mais bonito” foi o samba-enredo da escola, que homenageou a Cidade Maravilhosa e os deuses do Olimpo, em que a escola colocou na Avenida cadeirantes acrobatas para a representação.

Foto: EFE

O posto de rainha de bateria ficou com Bianca Leão, que estreou na Avenida. O maior destaque foi para o sol de LED gigante, que mudava de cor junto com a ala das baianas, que estava à frente. Já a chamada “superala”, representou o carioca, como o marombado, a garota de Ipanema, os vendedores de mate e biscoito, o rato de praia e o bicheiro.

Foto: EFE

A tocha olímpica também chamou atenção com o atleta Vanderlei Cordeiro, que  cruzou a Avenida com ela em mãos. A cor dourada estava por toda parte simbolizando o ouro. A jornalista e vencedora de bodyboarding Glenda Kozlowski, os jogadores de vôlei Giba, Giovane e Tande, o corredor Robson Caetano e o judoca Flávio Canto representaram os esportistas brasileiros.

Campeã do Carnaval de 2015, a Beija-Flor de Nilópolis chegou a todo vapor para contar a história do grande nome nacional, Marquês de Sapucaí. E não teria lugar melhor para isso como na passarela do samba carioca intitulada com o próprio nome do professor, poeta, músico, escritor e político do tempo do Império.

Foto: EFE

Marcado pelo ciclo do ouro e o barroco mineiro, o desfile mostrou o trabalho escravo em Minas Gerais, local em que o Marquês cresceu. Além disso, um carro de boi se transformou em uma igreja que, ao abrir suas portas, um manto em mapa-múndi se estendeu e surgiu Marquês de Sapucaí. A atriz Claudia Raia também foi destaque, pois desfilou como madrinha da escola representando a dama mais nobre da corte brasileira.

À frente da bateria estava Rayssa Oliveira  ao som do samba-enredo "Mineirinho Genial! Nova Lima - Cidade Natal. Marquês de Sapucaí - O Poeta Imortal!". A escola ainda celebrou os 40 anos do intérprete Neguinho da Beija-Flor e os 25 anos de carreira  do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Claudinho e Selminha.

"Fui no Itororó beber água, não achei. Mas achei a bela Santos, e por ela me apaixonei...". Foi em clima praieiro que o samba-enredo da Acadêmicos do Grande Rio aterrissou na Sapucaí. Homenageando a cidade de Santos, litoral paulista, como o “antro” de craques do futebol brasileiro, a escola levou um trono para o Rei Pelé, considerado o eterno craque do futebol de todos os tempos. Outra personalidade lembrada pela Grande Rio foi Neymar. Ambos foram convidados, mas não puderam comparecer ao desfile.

Foto: AgNews

O futebol ainda contou com a famosa baleia do Santos Futebol Clube, que veio em um dos carros alegóricos. À frente da bateria estava a atriz Paloma Bernardi e outras celebridades como Susana Vieira, Thaila Ayala, Monique Alfradique, Ana Hickmann, Deborah Secco e Daniela Albuquerque.

A penúltima escola a entrar na Avenida foi Mocidade Independente de Padre Miguel. Com um samba-enredo ao mostrar a chegada de Dom Quixote de Lá Mancha no Brasil, como diz o tema do enredo: "O Brasil de La Mancha: Sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes, Sou Quixote Cavaleiro, Pixote Brasileiro".

A escola usou a irreverência para mostrar os problemas com a inflação e corrupção. A cultura brasileira também foi retratada nas alegorias lembrando as obras dos escritores Euclides da Cunha e Guimarães Rosa.

Annita, que fez suspense sobre sua fantasia antes de entrar na Avenida, estreou como musa com uma roupa que retratava a ditadura militar, à frente de um carro em forma de tanque. Já Claudia Leitte ficou à frente da bateria como rainha.

Annita desfilou pela Mocidade Independente de Padre Miguel no domingo (7)
Annita desfilou pela Mocidade Independente de Padre Miguel no domingo (7)
Foto: Daniel Pinheiro/AgNews

Fechando o primeiro dia de Carnaval carioca em grande estilo, a Unidos da Tijuca contou com todo gingado da atriz Juliana Alves, vestida de abelha rainha, no posto de rainha de bateria da escola, além de toda agremiação que levou na ponta da língua o enredo "Semeando sorriso, a Tijuca festeja o solo sagrado".

Foto: EFE

Composto por Dudu Nobre, Zé Paulo Sierra, Claudio Mattos e Gustavo Clarão o samba-enredo homenageou a cidade de Sorriso, do Mato Grosso, conhecida como capital da soja, e abordou os fenômenos naturais num contexto místico e lendário, como o nascimento do homem esculpido em barro até ao desenvolvimento da agricultura e vida no campo.

O destaque foi para o carro que em forma de colheitadeira, onde havia integrantes com fantasias de milhos gigantes e faziam a colheita de uma ala do mesmo grão. O desfile acabou em uma grande festa de colheita.

Fonte: Terra
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