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Emoção e clima tenso marcam a 2ª noite de desfiles

Manifestação política, carro "desgovernado" e buraco entre as alas foram alguns dos problemas técnicos na noite de sábado em SP

7 fev 2016 - 10h08
(atualizado em 13/2/2017 às 17h12)
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Após cinco anos sem sentir o gostinho de estar na elite carnavalesca, a Unidos do Peruche chegou com tudo fazendo homenagem ao centenário do samba ao abrir o segundo dia de Carnaval no Sambódromo, no sábado (6), em São Paulo. “Ponha um pouco de amor numa cadência e vai ver que ninguém no mundo vence a beleza que tem o samba… 100 anos de samba, minha vida, minha raiz”.

Musa das manifestações e também da escola de samba Unidos do Peruche
Musa das manifestações e também da escola de samba Unidos do Peruche
Foto: Paulo Pinto/LigaSP

Mas, logo no início do desfile um incidente pegou a escola da zona norte de surpresa assim que a musa das manifestações e também da Unidos do Peruche, Ju Isen, tirou a parte de cima de sua fantasia e deixou os seios à mostra no meio da Avenida, porque foi proibida de usar um  tapa-sexo com a caricatura da presidente Dilma Rousseff. Em seguida foi retirada do desfile para não prejudicar o grupo.

Um ponto alto foi a homenagem ao compositor Benito de Paula e sua música Retalhos de cetim. Carmen Miranda também foi exaltada como a responsável levar a imagem do samba como música brasileira para outros lugares do mundo. Outras alegorias homenagearam figuras como Cartola, Adoniran Barbosa, Nelson Cavaquinho, Arlindo Cruz e Chico Buarque, além de expressões como “Samba Breque” e “Samba Canção”.

Na sequência, a segunda escola a pisar na Avenida foi a Império de Casa Verde. Fazendo menções às antigas civilizações e com fascinação de desvendar mistérios da sociedade.

Além de contar com o mar e o espaço sideral como cenário, escola apostou no luxo usando muitas plumas e penas. À frente da bateria pode contar com as belas Valeska Reis como rainha e Lívia Andrade como madrinha.

Já a escola da zona norte, Acadêmicos do Tucuruvi, levou ao Sambódromo um samba-enredo forte sobre festas religiosas, como crenças indígenas, que adorava as forças da mãe natureza, as entidades africanas e as expressões do catolicismo.

Festas como Círio de Nazaré, no Pará; a de Padre Cícero, no Ceará; e de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo foram recordadas na segunda noite carnavalesca da capital paulista.

Um dos destaques vai para a modelo Aline Riscado, que foi a rainha de bateria e para a musa da escola Cintia Cristina de Mello.

Vice-campeã do Carnaval de São Paulo em 2015, a Mocidade Alegre tem como tema de samba-enredo “Ayo – A alma ancestral do samba”, em que também fez homenagem aos 100 anos do samba ao ligar o estilo musical com as religiões afro-brasileiras.

Com muito luxo e perfeição técnica, a escola foi a quarta a desfilar e animou a plateia da noite. Puxar os ritmistas com muito samba no pé ficou por conta da rainha Aline Oliveira, que neste ano entrou na Avenida só dançando, sem tocar nenhum instrumento. Para encerrar o desfile a escola trouxe a figura de Ogum trazendo a ala das crianças como destaque.

Embalando a madrugada com homenagem a França, a campeã do Carnaval do ano passado, a Vai-vai, levou para a Avenida referências culturais do país como “na luz, sedução de Paris me encantei. Das lendas à revolução, de Luízes a Napoleão”. Grandes nomes franceses da moda e gastronomia foram lembrados.

O público se empolgou com o refrão “Je suis Vai-Vai” refrão do samba-enredo da escola, que foi recebida por muitas bandeirinhas francesa na arquibancada.

A escola teve um incidente com um de seus membros, que teria agredido um técnico do Anhembi por conta de um problema com o som no início do desfile. A escola pode ser penalizada pelo ocorrido.

Ana Hickmann em desfile para a Vai-vai
Ana Hickmann em desfile para a Vai-vai
Foto: Paulo Pinto/LigaSP

O destaque ficou por conta das alegorias modernas, fantasias leves e elegantes e pelo perfume que os carros soltaram durante o desfile. A ala das baianas chegou de Monalisa, pintura de Leonardo da Vinci, ícone no museu do Louvre.

À frente do abre-alas estava a apresentadora Ana Hickmann, que deu um show à parte de elegância e beleza ao passar pela Avenida.

Dragões da Real, a sexta escola de samba a passar no Anhembi, levou um enredo pra lá de animado e cheio de tiradas divertidas, que falavam sobre dar e receber presentes, inclusive aquele de grego no estilo malicioso de ser, que sempre surpreende o agraciado. A inspiração veio por conta dos 15 anos que a escola completará.

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Além de deixar o céu repleto de bexigas e confetes, a agremiação distribuiu bichos de pelúcia ao público.

O amor e a generosidade também fizeram parte da cantoria, que ficou encarregada de conquistar o público e os jurados. Como rainha, a escola levou nada mais e nada menos do que a musa que tem 20 anos de Avenida, Simone Sampaio. A ex-BBB Cacau Colucci e a modelo Tânia Oliveira também desfilaram como destaques.

Ex-BBB Cacau em desfile para a Dragões da Real
Ex-BBB Cacau em desfile para a Dragões da Real
Foto: Marcelo Pereira/LigaSP

Com alguns problemas técnicos, como o incidente com o carro alegórico que foi parar nas grades e o destaque que caiu de um deles, a escola fez um desfile tenso, porém bonito. Um dos pontos alto do desfile foi a bateria, que com sua pegada forte animou os integrantes a seguirem com sorriso no rosto até o final do desfile.

A X-9 Paulistana levou para a Avenida o samba-enredo 'Açaí guardiã! Do amor de Iaçã ao esplendor de Belém do Pará'. O carro alegórico que representou o Mercado Ver-o-Peso foi destaque da X-9.

Fechando a noite, ou melhor, a madrugada carnavalesca ainda com problemas técnicos como buracos entre as alas, a escola teve a modelo fitness Gracyanne Barbosa como rainha da bateria.

Gracyanne Barbosa desfilando pela escola X-9 Paulistana
Gracyanne Barbosa desfilando pela escola X-9 Paulistana
Foto: Paulo Pinto/LigaSP
Fonte: Terra
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