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'Afinal, O Que Querem as Mulheres?' estreia nesta quinta

11 nov 2010 - 07h21
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Márcio Maio

A intenção do diretor e roteirista Luiz Fernando Carvalho é exaltar as questões atemporais da psicanálise com uma estética multicolorida em Afinal, O Que Querem as Mulheres?. Por isso mesmo, a nova série da Globo, que estreia no próximo dia 11, às 23h30, mistura tons fortes e vibrantes com um visual ora "non sense", ora até lúdico - com direito à máscara de bobo no ator Michel Melamed e uma animação do Sigmund Freud, pai da psicanálise e autor da célebre e nunca elucidada pergunta que dá nome ao projeto. "Como a história se passa principalmente em Copacabana, no Rio, há um excesso de cores das mais diversas fontes, sejam as luminárias de lojas, sinais de trânsito ou outdoors", explicou o diretor, que também assina o texto final do programa. Na trama, narrativas com diálogos curtos, influenciadas pela linguagem das redes sociais da atualidade. "Entendo que este seja mesmo o espírito da época, a pós-modernidade. Todos esses atravessamentos diários, as 'zil' conexões se sobrepondo, dialogando... Um discurso mais humano, caótico, próximo do que sentimos e pensamos", filosofou o protagonista Michel Melamed, que interpreta o escritor e psicólogo André.

A série conta com seis episódios, sempre às quintas, e seu ponto central é justamente o personagem André. Tudo começa a partir de sua tese de doutorado, que tenta responder a pergunta de Freud que batiza a produção. Para isso, o rapaz se aventura em pesquisas e colhe depoimentos das mais diversas mulheres. De tão envolvido nessa busca, não percebe que tanto esforço deixa de lado a bela Lívia, de Paola Oliveira, sua namorada há mais de cinco anos. Uma personagem que explora Paola pela primeira vez sem o visual de princesa característico de suas aparições no ar - como a heroína Sônia, de O Profeta, e a vilã requintada Verônica, de Cama de Gato, por exemplo. "Como temos diálogos curtos, a aparência ganha um peso maior. E também a forma como a personagem se mostra. Gravei com as mãos sujas de tinta e no meio da chuva, toda molhada", analisou Paola, que vive uma artista plástica na série.

As gravações foram realizadas com o revezamento de duas câmaras digitais de alta definição. A primeira, a Arri D21, já foi usada por Luiz Fernando Carvalho em Capitu, e foi a que mais deu expediente neste projeto. Já as cenas noturnas, em condições de pouca luz, foram rodadas com a Arri Alexa, estreante no Brasil. A qualidade, o diretor garante, compensa toda a atenção dedicada aos mínimos detalhes transmitidos por elas. "Necessariamente, todo mundo que trabalha com high definition tem de se empenhar mais nos acabamentos, maquiagens, luz e cenários", minimizou. Outro ponto tratado com o máximo de cuidado pela equipe é a inserção de um boneco animado em stop motion, introduzindo Freud na trama e fortalecendo o estado de delírio de André. As expressões mudam com a troca das 10 testas, 21 bocas e 20 mãos confeccionadas para o boneco, que mede 40 centímetros de altura.

A preparação do elenco durou dois meses e as gravações levaram mais ou menos o mesmo tempo. Os atores participaram de oficinas de máscaras, aulas de canto e outras atividades de interação. Uma lista com nomes capazes de fazer inveja em qualquer autor da Globo - ainda mais em época de dificuldade de escalação para protagonistas. Entre os intérpretes que aparecem nos seis capítulos de Afinal, O Que Querem as Mulheres? estão Tarcísio Meira, Vera Fischer, Osmar Prado, Dan Stulbach, Eliane Giardini, Lavínia Vlasak, Letícia Sabatella, Rodrigo Santoro e Letícia Spiller, entre outros. "Todo mundo quer trabalhar com o Luiz. Ele respeita o ator. É impressionante a capacidade que ele tem de explorar cinema, teatro e televisão em um único produto", valorizou Letícia Spiller, que interpreta Sofia, mulher que engravida de André no fim da série.

As aulas de canto do elenco se justificam pela cena de um sonho que André tem quando vai parar no CTI, ao passar mal. O psicólogo se vê morto e, durante o velório, todas as mulheres que passaram por sua vida se reúnem em um número musical. Além disso, Michel também empresta sua voz na interpretação de Nome à Pessoa, música da abertura de Afinal, O Que Querem as Mulheres?. "Meus trabalhos têm uma ligação forte com a música, principalmente depois de Hoje É Dia de Maria 2. Ela valoriza a dramaturgia e é um tempero a mais para o público", analisou o diretor.

Afinal, O Que Querem as Mulheres? - Estreia quinta (11), às 23h30.

Maria Fernanda Cândido, Paola Oliveira, Lavínia Vlasak e Letícia Sabatella fazem parte do time
Maria Fernanda Cândido, Paola Oliveira, Lavínia Vlasak e Letícia Sabatella fazem parte do time
Foto: TV Globo / Divulgação
Fonte: TV Press
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