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A Lei: um gay assassinado e outro, virgem, à espera do amor

4 dez 2016 - 13h49
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Zelito e Gledson: destinos diferentes na novela (Fotos: Raphael Dias/TV Globo e Estevam Avellar/TV Globo)
Zelito e Gledson: destinos diferentes na novela (Fotos: Raphael Dias/TV Globo e Estevam Avellar/TV Globo)
Foto: Sala de TV

Personagens gays frequentemente provocam polêmica na teledramaturgia. Não é o que acontece com A Lei do Amor.

A novela das 21h da Globo tem dois homossexuais assumidos e, aparentemente, eles não incomodaram, até aqui, os telespectadores contrários à diversidade.

Em cinquenta capítulos, não se registrou nenhuma sugestão de boicote por conta da orientação sexual de ambos.

Na segunda-feira (28), Zelito (Danilo Ferreira) foi morto por overdose criminosa - uma versão do golpe 'Boa Noite, Cinderela' - orquestrada pelo vilão Tião Bezerra (José Mayer).

A internet registrou protestos de quem considerou estranho justamente o personagem negro e gay - ou seja, representante de duas comunidades que buscam representatividade -  ter sido eliminado do folhetim.

Surgiram até insinuações de homofobia, já que dias antes da morte repentina, o barman havia iniciado um romance com o frentista Wesley (Gil Coelho).

Mas o fim tráfico do personagem estava definido antes mesmo de a novela estrear, para decepção de quem já previa um casal gay shippado na ficção - 'shippado' é o termo usado nas redes sociais para designar um casal que tem a torcida do público.

Na sexta-feira (2), outro homossexual ganhou destaque em A Lei do Amor. Em conversa com o irmão, Gledson (Raphael Ghanem) revelou que se mantém virgem. "Escolhi esperar", disse.

O personal stylist faz parte do movimento de jovens que só se iniciam no sexo após o casamento - ou com a certeza de que o namoro é sério. Dogma defendido por algumas religiões.

O novelão de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari também abordou a homossexualidade pela perspectiva da difamação.

No início da trama, o prefeito Augusto (Ricardo Tozzi) tinha 'fama de gay' por se recusar a sair com prostitutas. O político honesto prezava a fidelidade pela esposa que morava em outro país.

Ele chegou a ser vítima de um ataque homofóbico na rua e tinha a suposta homossexualidade explorada negativamente pelos adversários políticos.

No ar desde o início de outubro, A Lei do Amor está com média de 26 pontos no Ibope, três a menos do que a antecessora, Velho Chico.

A falta de foco nas tramas principais, ocasionada pelo excesso de personagens e enredos paralelos, é um dos problemas da novela. Mesmo assim, trata-se de um folhetim interessante.

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