César Tralli vira o carrasco dos candidatos à Prefeitura de São Paulo
Quem acompanhou a série de entrevistas no SPTV 1ª Edição dos candidatos a prefeito de São Paulo mais bem colocados nas pesquisas testemunhou a performance incisiva do âncora César Tralli.
Entre segunda-feira e sábado, estiveram no estúdio da Globo, no Brooklin, zona sul de São Paulo, Luiza Erundina, Marta Suplicy, João Doria, Fernando Haddad e Celso Russomanno.
Durante os 15 minutos de conversa com cada político, Tralli não deixou o interlocutor respirar. Disparou perguntas a respeito de promessas de campanha supostamente inviáveis e processos judiciais concluídos ou em curso.
Praticamente todas as respostas foram contestadas com dados pesquisados pelo apresentador. Ele colocou em dúvida a capacidade dos candidatos de solucionar os principais problemas da maior metrópole da América Latina.
Teve até âncora de canal concorrente que, usando uma rede social, contestou o estilo de Tralli, ainda que sem citá-lo nominalmente, por ele cortar e interromper os entrevistados, sem "permitir a conclusão de ideias".
Nos perfis de alguns dos candidatos no Facebook, dezenas de pessoas reprovaram a "agressividade" do jornalista na condução das entrevistas.
Dos âncoras de telejornais da Globo, Tralli tem sido o mais crítico das administrações públicas. Com boas fontes no alto escalão da política e da polícia, sempre exibe denúncias exclusivas no SPTV 1ª Edição - acompanhadas de comentários tão contundentes quanto negativos sobre vereadores, subprefeitos, prefeito e governador.
O telejornal transmitido na hora do almoço para a região metropolitana de São Paulo tem ótima performance no Ibope. De janeiro a setembro registra média de 12 pontos.
Nas últimas semanas, várias edições chegaram a marcar 16 pontos. Esse índice representa 3,2 milhões de telespectadores sintonizados no SPTV num único dia.