Globo tem manhã relevante ao falar de educação e Aids
Fátima Bernardes e Ana Maria Braga tiveram conversas esclarecedoras a respeito dos temas
Em certos momentos, a TV aberta usa muito bem sua capacidade de influenciar positivamente milhões de pessoas.
Na manhã desta segunda-feira (6), o ‘Mais Você’ e o ‘Encontro’ prestaram valioso serviço à sociedade.
Ana Maria Braga conversou sem pressa – raridade na televisão refém da audiência aferida minuto a minuto – com o capixaba Wemerson Nogueira.
De origem humilde, ele superou dificuldades para estudar e hoje concorre ao título de melhor professor do planeta.
O bate-papo girou em torno do valor da educação em variados aspectos e a importância de renovar os métodos de ensino para atrair o interesse dos alunos.
A TV, mais poderoso meio de comunicação do país, dá pouco espaço a esses temas por temer a queda no Ibope.
Afinal, a maioria dos telespectadores prefere entretenimento superficial com efeito escapista ao invés de ser incitado a refletir a respeito da educação dos próprios filhos.
A iniciativa de Ana Maria e sua equipe merece elogios e deveria ser copiada por outros programas e emissoras. A qualidade do conteúdo precisa – pelo menos de vez em quando – sobrepor a neurose por audiência.
Pouco depois, Fátima Bernardes abordou o preconceito contra portadores do HIV.
A apresentadora recebeu um jovem que ficou famoso nas redes sociais ao postar um desabafo no qual se assumiu com o vírus e uma mulher contaminada pelo marido e que se manteve ao lado dele até a morte do mesmo.
O aumento do número de casos de HIV no Brasil e as dificuldades enfrentadas por quem tem a doença também são assuntos frequentemente negligenciados nos canais comerciais.
Atrações populares como o ‘Mais Você’ e o ‘Encontro’ podem esclarecer mais pessoas do que qualquer campanha publicitária (quase sempre equivocada ou pouco esclarecedora) feita pelo governo federal.
Por isso, quando personalidades midiáticas como Ana Maria e Fátima conversam sobre esses assuntos essenciais na mesa do café da manhã ou no sofá, prestam imensurável serviço de utilidade pública e fazem bom uso do espaço privilegiado que ocupam.