O comovente choro ao vivo de repórter da Globo na Colômbia
Ari Peixoto desabou em lágrimas ao fazer um link (transmissão ao vivo) de Medellín no início do Jornal Hoje desta quinta-feira (1).
O experiente repórter falava da liberação dos corpos das vítimas do acidente com o time da Chapecoense quando citou o repórter Guilherme Marques, seu colega da Globo Rio.
Soluçando e sem conseguir completar a informação, Ari baixou a cabeça e assim ficou, enquanto no estúdio de São Paulo o âncora Evaristo Costa, também emocionado, disse que todos compreendiam a comoção.
Assim como Ari, outros profissionais da emissora deslocados à Colômbia vivem uma situação dramática: reportar uma tragédia com parceiros de trabalho entre as vítimas.
Além de Guilherme Marques, morreram no desastre aéreo o produtor Guilherme Van der Laars e o repórter cinematográfico Ari Júnior, os três do canal carioca, e outros 18 jornalistas, além de jogadores, membros da comissão técnica e integrantes da tripulação. No total, 71 pessoas.
O choro de Ari Peixoto diante dos telespectadores representa o luto de uma classe profissional e de quem ama o esporte mais popular no Brasil.
Uma reação genuína e compreensível, baseada em sentimentos às vezes tão desprezados: fraternidade, empatia, compaixão.
Em abril, o repórter completará 30 anos na Globo. Ele cobriu outros acontecimentos trágicos, como o terremoto no Haiti com milhares de mortos.
Mas, desta vez, a emoção parece ter sido maior e mais dolorosa.