Políticos têm medo de notícia ruim no JN, diz veterano da TV
Na política, uma notícia negativa repercute mais na mídia impressa (jornais e revistas), na internet (sites, blogs e redes sociais) ou na TV?
A pergunta foi lançada por Lucas Mendes na edição de domingo (5) do Manhattan Connection, na GloboNews, que discutiu o poder dos influenciadores digitais.
Diogo Mainardi, sócio e editor do site O Antagonista, disse acreditar na agilidade e na força de disseminação das redes sociais.
"Segundo um deputado, um líder lá no Congresso, o medo deles (políticos) é sair uma notícia ruim no Jornal Nacional. Isso estremece, é muito mais devastador (do que na internet)", respondeu Mendes.
"Hoje você tem toda essa rapidez nas mídias sociais, mas ela está sujeita à desinformação. Não é tão confiável. O impacto quando sai (uma notícia negativa) no Jornal Nacional é muito maior do que nas mídias sociais", disse o jornalista, que foi correspondente da Globo em Nova York de 1975 a 1990.
Outro apresentador do programa, Caio Blinder, observou a ascensão dos sites dedicados às 'fake news'. "Depois de um tempo, a notícia falsa cria perna e fica verdadeira".
JN, ainda imbatível
Em ano de intermináveis notícias ruins não apenas na política, mas também na economia e na sociedade em geral, o Jornal Nacional reforçou sua liderança.
A média de audiência em 2016 - 27 pontos - é superior à soma dos principais telejornais da concorrência: Jornal da Record, SBT Brasil, Jornal da Band e RedeTV! News (20 pontos). Em relação ao ano passado, o jornalístico da Globo cresceu 12% no Ibope.
Em agosto, o JN registrou recorde de 35 pontos, índice que representa 7 milhões de telespectadores sintonizados ao mesmo tempo somente na região metropolitana de São Paulo.
São esses números impressionantes que assustam os políticos em Brasília e fazem o telejornal comandado por William Bonner e Renata Vasconcellos ter imensurável poder de influência nos quatro cantos do país.
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