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'Luciana By Night' investe no humor e esquece do bate-papo

4 dez 2012 - 13h16
(atualizado em 5/12/2012 às 09h44)
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A designação de talk show virou algo genérico. Hoje em dia, qualquer programa que tenha algum entrevistado recebe a mesma definição. E é nesse formato amplo que o Luciana By Night, da RedeTV!, pretende se firmar. Inspirada nos programas americanos do gênero, como os apresentados por Oprah Winfrey, Ellen DeGeneres e Chelsea Handler –  mas com muitas referências também de Hebe Camargo –, Luciana Gimenez possui claramente a intenção de mostrar que o toque feminino faz toda a diferença. 

A apresentadora comanda o talk show 'Luciana By Nigth'
A apresentadora comanda o talk show 'Luciana By Nigth'
Foto: RedeTV! / Divulgação

Com um cenário cafona – bem ao estilo da emissora – que prioriza os tons azul e rosa e um pouco de brilho, a produção de Luciana em muito lembra o ambiente "mulherzinha" do Superpop, que a ex-modelo apresenta há 11 anos sem data para acabar. Apesar da similaridade, o novo programa tenta ser tudo o que o outro não é: refinado, com assuntos que não envolvam tantas polêmicas e centrado em poucos protagonistas. Com Ana Hickmann como primeira convidada, Luciana teve facilidade para conduzir a conversa para um patamar de intimidade e sensualidade com muita rapidez. O que não é difícil, considerando que as duas são amigas e deixaram, durante quase uma hora, suas compridas pernas expostas no primeiro plano da imagem aberta. O fato é que, ao contrário do que a apresentadora afirma, o Luciana by Night é muito mais uma espécie de Arquivo Confidencial – quadro do Domingão do Faustão, da Globo – do que um talk show. A diferença é que os temas são explorados de forma mais engraçada e superficial, o que faz com que o programa fique parecendo uma mera fofoca cheia de piadinhas entre comadres. 

O humor, aliás, é um importante elemento que permeia o conteúdo. Com o comediante Diogo Portugal sentado em uma mesa ao lado do palco, a produção tenta evitar que o dinamismo se perca. Nem sempre tão engraçado, o humorista, às vezes, é esquecido ali e só é resgatado pela câmara quando se intromete na conversa. A plateia é outra que parece estar à parte de tudo e os risos forçados e bem colocados deixam a dúvida se realmente não estão sendo dirigidos. 

Impulsionado pelo humor, o programa usa imagens do início da carreira, entrevistas de amigos relembrando histórias e até alguns "micos" da pessoa que está ali para evitar que o telespectador pegue o temido controle remoto. Só que tanta intromissão na conversa faz com que o convidado – no caso Ana Hickmann – pouco fale sobre si. A sintonia entre as duas belas mulheres quase deixou isso passar desapercebido. Mas com outros convidados o risco de o bate-papo ficar vazio é grande. O que deveria ser uma entrevista é, na verdade, muito mais um espetáculo. 

Fonte: Terra
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